sexta-feira, 4 de junho de 2010

RIP, Uruguai & Disciplina Literária

Esta é a semana de aniversário de 17 anos do RIP, o personagem cuja autobiografia rendeu meu primeiro conto e uma reprovação em biologia no fim do ano. Pensei em republicar “Os Quatro Cavaleiros” em homenagem, mas por enquanto aproveito que a mãe de nome erudito foi passar o feriadão no país de Horacio Quiroga, e lendo a coluna de Cássio Pantaleoni no portal Artistas Gaúchos sobre a pouca bagagem literária dos muitos que querem escrever, mas poucos querem ler, sigo tentando retomar minha leitura de um conto por dia antes de dormir. Vejo como faz falta leitura & produção diárias. John Coltrane dizia que se você passar um dia longe de seu instrumento, ele vai passar uma semana longe de você. Parafraseio, traduzindo para literatura: se você passar um dia longe de seu texto, ele vai passar uma semana longe de você. É verdade. Estou há dias preso em um diálogo entre dois personagens sobre uma ponte, que parece não andar. É claro, como li na Bíblia, a gente tem que escrever e seguir em frente, lutando contra a insistente autocrítica, resistir à voz que declara o texto enfadonho, chato, clichê.

Sábado teremos Solitude, de volta aos palcos do Brothers, vou matar um pouco as saudades das baquetas, embora confesse que coisas assim me fazem pensar seriamente em nunca mais tocar bateria. Bem, entre uma música e outra, talvez dê para treinar alguns backsticks. Enfim, a gente tenta dar nosso melhor a cada dia. E um dia de cada vez, é possível.

4 comentários:

  1. Gostei do post. Te mandei aquela reposta. Atualizar o blog. anotado
    Aquele abraço

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  2. Obrigado pela resposta. Teus mails continuam contendo alguns dos melhores trechos de textos que leio no computer, embora aqui estejamos falando de caráter mais privado, como cartas. Mas acho literatura pura.

    A resposta vai em breve.

    Ainda no aguardo do coffee.

    Abração!

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  3. Não te intimida com aquele bateiristazinho do vídeo! Te preocupa com o bateirista da Solitude este sim é o Cara!

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