terça-feira, 1 de março de 2011

March in Time

Pensei em falar nos 15 anos sem Caio F., completados findi passado, pensei em postar a fotografia tirada na casa do Scliar, a propósito de uma matéria que saiu na ZH (e que não está aqui), que fizemos no apartamento dele sobre um jovem escritor (eu) e um experiente escritor (ele), alguns anos atrás, e tenho certeza de que quase todos que viram a matéria estavam desempregados porque a reportagem saiu no caderno de empregos. Mas o caso é que hoje começamos março, o mês em que o sol entra em Áries e começa o meu glorioso Outono, durante o equinócio de 20 de março (domingo, às 20:21 horas, para ser mais exato). E começamos o mês em uma terça-feira, dia de Xangô, da justiça, da escrita, do número 8, meu 8.

Escrever é uma maneira de falar sem ser interrompido, disse Jules Renard. O destino embaralha as cartas e nós as jogamos, disse Arthur Schopenhauer. Novos começos, ei-los de novo. Acho que este mês vamos estrear o café do cocô do passarinho brasileiro, que ganhei de Natal (reserve um horário na agenda, Mr. Zakk). E falando em Zakk, também tem show do Ozzy. Apesar da polêmica do post abaixo, ainda acho que ele (como artista) é um cara e tanto. E a meta dos próximos dias, já que março é mais uma oportunidade de tentarmos cumprir as promessas impossíveis do reveillon passado, e de vários reveillons passados, é retomar o plantio e o arado diário da literatura. Em breve, contos novos por aqui e mais trabalho no caderninho. Temos que manter a chama acesa, senão – sabemos – ela se apaga rapidinho. A frase de Nelida Piñon de alguma forma, todos os dias alguém bate a nossa porta e nos convida a desistir ainda ronda pelas esquinas.

Azar o dela, porque não vamos desistir.

Que venham, doces águas de março.

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