segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Carta-post resposta ao Marcelo Martins

Caro Professor,

Pois que curti a tua ideia de me escrever uma carta a portas abertas como um post do teu blog, e sentei aqui para te escrever. É preciso sentar e escrever, isso é praticamente metade do trabalho. Falemos sobre escrever e sobre trabalho. Tenho lido o livro da Anne, ela fala muito em escrever todos os dias, em alimentar nosso projeto literário diariamente, como alimentar um bebê recém-nascido. Muito legal essa coisa da autodisciplina, mas não é fácil manter. Uma das metas deste 2012 que ainda engatinha é escrever + ler + estudar todos os dias. Tem que praticar, não adianta, senão os dedos enferrujam. É quem nem tocar um instrumento musical. Os grandes trabalharam e estudaram para serem grandes. Anos e anos de horas e horas diárias. E a gente pensa que não foi tão difícil porque só vê o resultado final. Não pensa nas várias coisas que todos eles tiveram que abrir mão para poderem estar onde estão. Estou com essa pilha. Dedicação, constância, perseverança, disciplina. Todos os dias.

Não que tenha conseguido, mas é uma busca. Estava conseguindo levantar seis e pouco todos os dias, esquentar a água, escovar os dentes, armar o chimas e bum: literatura. Com essa de fim de ano (desculpas, eu sei, mas vá lá), falhei um dia, que é sinônimo de falhar dois dias, e assim vai. O mesmo vale para o estudo, agora que meus dois cursos terminaram (by the way: formatura dia 14!). Tenho um vocabulário do ofício aprendido com os anos de convivência com a nossa troupie, mas se quiser atingir patamares mais altos (e eu quero atingir patamares mais altos), tenho que estudar bastante. Fui dormir de madrugada porque fiquei assistindo o Patch Adams. Grande filme. Vi que tem um lugar para cada um de nós fazer o que a gente acredita que é para ser feito, e que funciona. A Waleska (não sei se é assim que se escreve o nome dela, mas a grafia homônima à vodka, de certa maneira, incomoda) perguntou se eu ia trabalhar hoje de tarde, e falou que trabalho é aquilo que a gente tem para dar ao mundo, é aquilo que a gente foi treinado para fazer e se dedica a querer fazer bem. É aquilo que ama fazer. Bem, estou trabalhando neste exato momento. E isso me faz sentir bem, sentir parte. E todos precisamos sentir que fazemos parte.

O telefone toca, tenho que correr. A vida não para, oh my god. Depois nos escrevemos mais. Vê se manda notícias. Aquele abraço.

2 comentários:

  1. bah! que honra!
    Obrigado. em breve elaboro resposta. dá uma olhada aí no primeiro post de 2012.
    abração
    http://desalinhadopensamento.blogspot.com/2012/01/2012-agora-vai.html

    ResponderExcluir
  2. Cheguei faz pouco, camarada. Trocentos mails para ler e responder. Muito legal o "Pergunte ao pó", fiquei curioso para ver o filme. Leio teu texto na sequencia.

    Obrigado pelo comentário. A honra é minha em te ter por aqui.

    Abraços e vamos que vamos!

    ResponderExcluir