sábado, 6 de abril de 2013

Blue Note


Vai escrevendo, como tu tá escrevendo agora e vê o que acontece. Pode ser uma boa inspiração, desde que tu escreva todo dia. Ou melhor, que tu escreva hoje, que é o único dia que vale. Não é muita coisa não, mas se começar a partir de hoje - sim, novas revoluções de agora vai, religiosamente, mesmo que sejam apenas fluxos de consciência. É melhor que nada. Estava para escrever um flerte, mas esqueci. Será que é aquela história de “o que tu vai fazer no feriado”? Estou aceitando sugestões. Posso pensar em várias coisas. Estou pensando em várias coisas neste exato momento. Poderíamos pensar em outras várias coisas, se a gente tivesse mais tempo. Talvez tenha. Talvez todo o tempo do mundo. Talvez, em um mundo paralelo, a gente pudesse mudar nosso passado, reescrever nossas histórias. Quem precisa de passado quando temos o futuro todo pela frente? Começando por hoje? Começando por hoje. Hoje e quem sabe um pouco mais. Quem sabe muito mais. Um piano e pouca luz? Um piano e nenhuma luz. Só nossas silhuetas, para que mais? Silhuetas juntos. Bem juntinhos. E as teclas do piano iam contar nossa história, nossa música. “Nossa”, tipo pronome possessivo? Sim, sou muito ciumento. Se quiser posse, vai ter que cuidar. Quer que eu cuide? Sempre. Sou muito cuidadoso. É o que todos dizem. Todos mentem. Então você também está mentindo. Todos, menos eu. Como vou saber se é verdade? Vai ter que confiar. Pagar para ver? Ou seu dinheiro de volta. A flecha depois de lançada não volta mais. Principalmente se acertar o coração. Pode matar, sabia? Se não atirar, também podemos morrer. A oportunidade perdida? Sempre ela.

2 comentários:

  1. Passei por aqui para lançar uma flecha em seu coração. Espero que tenha acertado hoje.

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