terça-feira, 16 de julho de 2013

O fim da História de Carol

21: 37.

Acabo de escrever a última frase da História de Carol. 

Seis anos, entre primeira versão e segunda versão. Ainda tenho que reler, consertar coisas. Concursos nos aguardam. 

Mas enfim, terminei. Pelo menos por agora, this is the end.

PS - E para seguir em frente, duas citações, a primeira de Jeffrey A. Carver e a segunda de Helen Dunmore (eu também não conhecia eles, sei só as citações..:)

1. "Prática, prática, prática da escrita. Escrever é uma arte que requer tanto talento quanto habilidades adquiridas. Você aprende fazendo, cometendo erros e depois vendo onde você errou."

2. "Reler, reescrever, reler, reescrever. Se ainda assim não funcionar, jogue fora. É uma sensação agradável, e você não quer ficar confuso com os cadáveres de poemas e histórias que têm tudo neles, exceto a vida que eles precisam." 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Futuros Psicólogos e a Terapia de Balcão

Descobrem-se maneiras de curar a loucura, mas não se encontra nenhuma para endireitar um espírito louco.

Essa frase, citada por minha colega psicóloga (e cozinheira de mão cheia) Lisane Telles, e de autoria de François de La Rochefoucauld, foi um belo elogio para encerrar a minha segunda gestão cobrindo as férias da minha colega na barra pesada da secretaria do ambulatório da Red Cross. Então, de volta a vida normal, e abrindo os trabalhos no inverno por aqui – já que com o trabalho ultra-heavy do mês passado não deu nem tempo de escrever –, hoje de manhã comuniquei a equipe a novidade: a partir do mês que vem não vou mais poder vir de manhã porque vou cursar Psicologia. Sim, as antológicas Terapias de Balcão, amplamente difundidas durante minha segunda gestão, encontrarão voz nos estudos acadêmicos da psicanálise futura. Aliás, voz e gesto, já que o indicador erguido para o céu, feito uma flecha, igual a Dulce Veiga do Caio F., tornou-se minha assinatura. E depois que decidi fazer formalmente Psicologia (porque meu trabalho já é bem parecido), escrevi um e-mail para o Luis Alfredo Garcia-Roza (de quem sempre ouvi falar como “o cara que era psicólogo e agora é escritor”), que me desejou boa sorte.


Então, antes de entrar no mundo de Freud e seus asseclas, ainda tenho mais umas semaninhas para concluir a história de Carol e mandar para um concurso no fim do mês. Mas antes disso, deixo aqui abraços para meu comparsa Arthur Pandolfo Neto (a Dupla Dinâmica!), Rosa Capovilla (obrigado pela ajuda com os prontuários!) e minhas novas colegas de profissão Lisane Telles, Camilla Spara e Karin Paim Nunes. Um brinde com café e indicador erguido para o céu, com desejos de vida longa a Terapia de Balcão!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Eu no 15 Contos +

Acabo de descobrir que um conto inédito meu será publicado no projeto Quinze Contos Mais, organizado por Helena Frenzel.

Se quiser saber mais, leia o post aqui

E lembrando Brenda Ueland: "Mesmo se eu soubesse com certeza que jamais teria algo publicado de novo, e jamais ganharia outro centavo com isso, eu ainda assim continuaria a escrever".

segunda-feira, 3 de junho de 2013

20 anos de RIP e um batismo


Hoje completaram 20 anos que escrevi meu primeiro conto (se quiser saber mais, leia sobre quando RIP completou 18 anos). Fui então batizar o São Francisco que a mama trouxe de Maceió, cumprindo o ritual de batizar na água, fazer 2 pedidos e 1 agradecimento, lá na Praça Shiga, que os japoneses deram de presente para o povo gaúcho. Batizei em uma cachoeirazinha que tem lá, foi bem espiritual, fiz meus pedidos e meu agradecimento. Achei que no aniversário de 20 anos de literatura era um bom dia para batizar um santo. Então, pouco depois, o santo caiu no chão e se quebrou em mil pedaços. Fiquei, óbvio, furioso, e gastei alguns longos minutos pensando se deveria jogar os cacos fora ou tentar colar, o que era quase impossível, já que ele se detonou quase por inteiro. Decidimos tentar colar, a Mademoiselle e eu. E, milagre, ele está praticamente inteiro sobre a escrivaninha de onde redijo este texto, e posso colocar os grãozinhos de arroz sobre o vaso que ele segura, para trazer fartura e alimentar os pássaros que estão em seus braços. Vim para cá pensando que este santo é um milagre.

Então começamos a semana em que vou cobrir as férias da minha colega na Cruz Vermelha, e lá ficarei ao longo do mês, o que vai diminuir consideravelmente meu tempo e já ia dizer que não vai sobrar muito tempo para escrever, quando deparei com o puxão de orelha do E. B. White aí de cima: "Um escritor que espera pelas condições ideais para poder trabalhar vai morrer sem colocar uma única palavra no papel", em minha livre tradução. Então revejo o vídeo feríssima de José Jorge Letria falando sobre o que é isso de ser escritor, e releio as palavras de Vargas Llosa, em seu belo Cartas a um Jovem Escritor: "Não existem romancistas precoces. Todos os romancistas grandes, os admiráveis, foram, no começo, escritores aprendizes cujo talento passou por uma gestação alimentada pela constância e pela convicção."

Constância e convicção.

20 anos depois, continuo escrevendo.

Agora, vamos ao trabalho.

PS - Descobri faz pouco que "escrever é um ato de fé" é uma frase de E. B. White (no original: "Writing is an act of faith, not a trick of grammar").

domingo, 19 de maio de 2013

Jackie, Dashiell e Sul de Minas


Enquanto passamos pelo glorioso outono, que rima com jazz, café e literatura noir, ouço os explosivos Jackie McLean e Donald Byrd detonando It’s you or no one, recomeço a ler o clássico maior de Dashiell Hammett e tomo um pretinho básico para celebrar a vida.

E vamos relendo e reescrevendo, copiando, colando, editando, cortando e modificando os rumos (estou na cena do assalto) do capítulo final da história de Carol, enquanto novidades vêm aí (sim, este é um blog de algumas promessas e suspenses, so what?).

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Começando Maio


Começando Maio, quando pretendo terminar a terceira e última parte da história de Carol (até porque acho que vou cobrir as férias da minha colega no mês que vem, e meu tempo vai diminuir consideravelmente), a dica cultural do Dia do Trabalhador  é este vídeo muito fera, em que o artista fala a diferença entre o fracasso de um hobby ou de algo que você quer fazer pelo resto da vida.

Como a escrita é uma das coisas que quero fazer pelo resto da vida, vou rever o vídeo agora.

Enquanto isso, aguarde (boas) novidades, leitores do Distantes Trovões On Line.

(Nesta semana, ao som de Donald Byrd e esta pérola chamada Fuego. Ah, e reserve um tempinho para ver este megashow do mestre Count Basie.)

sábado, 20 de abril de 2013

1959 e a Regra das 10.00 horas


Descobri hoje o documentário muito fera 1959 - O ano que mudou o jazz, contando a história dos seminais Kind of Blue (Miles Davis), Mingus Ah Um (Charles Mingus), Time Out (Dave Brubeck) e The Shape of Jazz to Come (Ornette Coleman). Repare em 38:46, sobre a política de segregação racial endossada pelo governador Faubus e o protesto de Mingus na música Fables of Faubus, assim como nos gritos de “Yes we can” – “Barack Obama talvez não saiba, mas o jazz foi uma das razões pelas quais ele foi eleito”. E repare também no minuto 51: 12 – “A urgência desesperada de tocar de Ornette Coleman refletia a paranoia nuclear da Guerra Fria”.

E se você ainda não viu, acompanhe o personagem saindo para passear em uma cidade cheia de livros neste belo vídeo de aniversário da 4th Estate Books.

Um mês de outono e a história de Carol ainda aguarda eu escrever seu terceiro e último capítulo. Depois de uns dias sem computer, e enquanto leio sobre a regra das 10.000 horas de prática para se atingir a excelência de sua arte em Outliers - Fora de Série, vamos ao trabalho.