quinta-feira, 14 de abril de 2011

Enquanto chove além da grade

Chove lá fora. O dia está cinza, lindo, digno do outono. Esperamos o friozinho vindouro, enquanto estreamos o café do cocô do passarinho. Ainda na dúvida sobre o que priorizar das várias pendências que me chamam, alguns textos a serem escritos e muitos a serem lidos, pelo menos estamos produzindo, mesmo que essa produção seja às vezes apenas para o consumo interno. Estava procurando um pouco de jazz e descobri esta pequena pérola de Sonny Clark. Também descobri meu sonho de consumo, para um futuro que espera-se não muito distante – talvez comprado com royalties literários (agora só falta sair o livro, não é mesmo?).

Enquanto isso vou lendo que isso de bloqueio criativo não existe. Ou talvez exista, a partir do momento em que sentamos para escrever A Obra, e não apenas para escrever... e seja o que as frases quiserem. Na verdade, o texto ao ser escrito dita suas próprias regras, os personagens pedem ao inconsciente do escriba o que querem fazer ou deixar de frazer. O mais difícil, como sempre, é o primeiro passo, é começar. Agir. Mas como disse Bird, now’s the time.

Troveja lá fora.

São Gerônimo, Xangô e Thor mandam lembrar: novos começos se aproximam. Tudo em seu lugar, tudo em seu devido tempo.

2 comentários:

  1. Nunca pensei que cocô de passarinho fosse tão bom!

    beijos com sabor de café,

    ...

    ResponderExcluir
  2. É bom, né?

    Vamos torcer para que, em um futuro não muito distante, a gente possa passar cocô de passarinho em uma cafeteira francesa, comprada com royalties literários.

    Beijos com Jacu, mademosoille!

    ResponderExcluir