Enquanto penso em Mobley e Lee voando High and Fligthy, tentando equilibrar os pratos entre estudos, levantar cedo, tentar ir dormir cedo, tentar ter disciplina e exercitar a escrita & leitura diárias, aproveitando que com esse friozinho não tenho mais desculpa para não fazer, vou me aprontando para ler de novo a versão da novela que terminei ano passado, ainda com muito trabalho pela frente, ainda com a voz do narrador, a fluência, os personagens e o poder de persuasão me esperando. Quer dizer, um texto nunca está pronto. Chega o momento em que a gente dedide parar de mexer, mas sempre haverá algo a retocar.
Ouvi alguns pareceres, mas segundo ensina o Professor Koch, um texto pode ruir ante a um simples comentário, quando ele ainda não está pronto para ser avaliado (o que Stephen King chamava de "versão a portas fechadas"). Enquanto isso, vou aquecendo o teclado escrevendo qualquer coisa, apenas para engraxar as engrenagens da mente e a sintaxe dos dedos, e o texto aos poucos - bem aos poucos - vai fluindo. Como este blog não é (teoricamente) um diarinho, as palavras saem com mais dificuldade quando são para serem digeridas abertamente do que sairiam se fosse um despretensioso e catártico e-mail-carta para um único leitor. Não importa. Inspiração não cai do céu, é trabalho, trabalho, trabalho sem fim, já disse Roth. Mas quem sabe se não seguir o conselho do mais famoso dos médicos-escritores, Антон Павлович Чехов, e escrever todos os dias, a coisa não embala?
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Antes de retrabalhar minha novelinha
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